Separados por mais de 17 mil km em linha reta – ou, no mínimo, 24 horas de voo com ao menos uma conexão –, dizer que o Japão fica do outro lado do mundo aos olhos dos brazucas geograficamente não está errado. Porém, apesar de apresentar alguns hábitos e costumes bem distintos, quem visita a Terra do Sol Nascente descobre, logo na chegada, que a distância existente entre os dois países para por aí.
Quantos países existem no mundo?
Endereço para a maior comunidade nipônica do mundo em território estrangeiro, conforme dados da Embaixada do Japão, estima-se que hoje vivam no Brasil cerca de 1,9 milhão de nikkeis. Esse é o nome dado aos imigrantes japoneses e seus descendentes. Responsáveis por plantar em solo canarinho várias sementes provenientes de sua cultura, dos frutos gerados por aqui floresceu não só o amor dos brasileiros por sushi, sashimi, judô, origami, cerejeiras, porcelanas, mangás, Pokémon, Mario Bros. e pelos icônicos Tamagotchis (bichinhos virtuais que eram febre nos anos 1990), como também por esse incrível destino asiático onde tradições milenares e atrativos futuristas caminham de mãos dadas.
Compartilhando, portanto, de um sentimento fraterno de muito respeito e admiração, é em busca de demais afinidades – bem como de inúmeras peculiaridades, vale dizer – que a gente decidiu arrumar as malas e cruzar o planeta para conhecer melhor esta nação tão fascinante. Ah! E até por isso o nosso ponto de partida só poderia ser mesmo Tóquio, a capital japonesa. A cidade é símbolo de hospitalidade, curiosidades e encantos, como você confere em detalhes a seguir. Divirta-se sem moderação!
Saiba um pouco mais sobre a capital japonesa!
Guia de bolso
Antes de qualquer coisa, guarde bem como se fala algumas palavrinhas mágicas em japonês. Afinal de contas, nada melhor do que mostrar aos anfitriões que você fez a sua lição de casa, né?
Bom dia: Ohayo gozaimasu
Boa tarde: Konnichiwa
Boa noite: Konbanwa
Desculpe/com licença (vale para chamar um garçom ou no começo de frases para pedir informações): Sumimasen
Sim: Hai
Não: Iie
Obrigado(a): Arigatou gozaimasu
Tchau: Sayonara
A CAMINHO DE TÓQUIO
Tomar um café enquanto acaricia gatos ou corujas, atravessar um cruzamento com a multidão para tirar uma foto clássica, assistir a um leilão de atuns ao vivo e a cores em um mercado de peixes e contemplar de arranha-céus ultramodernos a santuários históricos em um piscar de olhos. Curtiu? Pois acredite: essas são apenas algumas das experiências típicas (e pitorescas) oferecidas por Tóquio,
esta fantástica e gigantesca caixinha de surpresas.
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Apresentando-se como uma região metropolitana com mais de 37 milhões de habitantes e onde tudo funciona em perfeito estado de harmonia e organização, a cidade coleciona paradas campeãs, daquelas que fazem toda a diferença no roteiro. Ou seja: quem pretende visitá-la em breve vai gostar de saber que há muito o que ver e fazer.
Um tour para iniciantes na capital do Japão
Dividida em 23 bairros, cada qual com seus distritos com características bem específicas e diferentes entre si, antes de darmos o play em nosso itinerário lembre-se: a melhor pedida para desbravar as riquezas de Tóquio é a pé ou utilizando seu eficiente sistema de trens, monotrilhos e metrôs, OK?
Sabendo disso, hora de seguir para Marunouchi, coração do destino e onde podem ser encontrados cartões-postais que mesclam natureza, história e urbanidade com maestria. Um deles é o Palácio Imperial, residência oficial do imperador japonês na qual a visitação, no geral, é restrita a espaços como jardins, parques, arenas esportivas/culturais e museus. Dica adicional: quem ama fotografia deve aproveitar a região para fazer um clique em Nijubashi, ponte dupla feita de pedra e em formato de arcos que descortina uma vista de arrasar.
Dali, vamos nos dirigir para Shinjuku, a versão de Tóquio cujo contraste de experiências desponta como a atração principal.
Shinjuku: movimento a qualquer hora do dia
Tomado por construções inovadoras, lojas, restaurantes e refúgios naturais, se a busca é por diversidade e cenários de tirar o fôlego o bairro de Shinjuku é o lugar. É por ali onde ficam o arranha-céu Tokyo Metropolitan Government Building, sede do governo metropolitano e dono de um mirante a mais de 200 metros de altura, e os belíssimos jardins do parque Shinjuku Gyoen, que ganham a companhia de lindas e floridas cerejeiras durante a primavera.
Ainda nesse entorno, outros dois destaques ficam por conta da movimentada estação de trem e metrô Shinjuku – suas 200 saídas formam um labirinto comercial por onde circulam mais de três milhões de pessoas por dia – e da área deGolden Gai, reduto boêmio cheio de bares, restaurantes e karaokês instalados em vielas e com uma pegada mais alternativa.
A um pulinho dali, Shibuya
Pertinho de Shinjuku, nem é preciso atravessar a cidade para chegar em um dos cruzamentos mais famosos do mundo: Shibuya Crossing. Situado no bairro de Shibuya, é ali o endereço daquele célebre retrato de Tóquio, no qual uma multidão de pedestres se encontra ao caminhar simultaneamente em diferentes direções. Inclusive, para assistir a essa cena de camarote, a sugestão são os bares e restaurantes que ficam ao redor, como uma unidade do Starbucks. O point dispõe de piso superior, janelas de vidro e, claro, uma vista panorâmica espetacular.
Quer mais um atrativo simbólico? Ah, leva três, vai: a ilustre estátua de Hachiko, o cãozinho que inspirou a história do filme “Sempre ao seu lado”; a natureza e a animação que tomam conta do Parque Yoyogi; e o Meiji Jingu, santuário xintoísta (religião de origem japonesa) erguido em homenagem ao Imperador Meiji no século 20. O santuário foi destruído durante a Segunda Guerra, mas reconstruído na década de 1950.
Os astros do pedaço
Incansável na arte de entreter, divertir e surpreender, Tóquio ainda reserva uma série de outras atividades para seus visitantes.
Para começar, na linha dos parques a céu aberto e patrimônios históricos, por exemplo, um clássico do bairro de Taito é formado pelo multifacetado Ueno Park e pelo Museu Nacional de Tóquio. De modo geral, o museu é tido como um dos mais importantes quando o assunto é mergulhar no passado do Japão e na cultura asiática.
Já para os que desejam apreciar a capital do alto, dois lugares tops são a Tokyo Skytree e a Tokyo Tower. A primeira é abrigo para um mirante a mais de 450 metros de altura, ao passo que a segunda é dona de uma vista arrebatadora a cerca de 250 metros acima do solo.
Por outro lado, quem está a fim de provar das delícias da gastronomia japonesa em um local bem emblemático pode seguir para o Toyosu Fish Market, novo endereço do antigo mercado de peixes Tsukiji. Ali é possível encontrar frutas, verduras, legumes, frutos do mar, restaurantes e até um leilão de atuns, realizado todas as manhãs. Para assisti-lo, no entanto, você deve chegar antes das 5h e se inscrever em seu centro de informações, uma vez que o número de visitantes é limitado, tá?
Ah, e aqui vai mais uma dica! Caso você se amarre em gatos e em experiências que são pura fofura, visite um Cat Café. O nome já diz tudo: trata-se de cafés bem tradicionais espalhados por Tóquio nos quais, além de quitutes deliciosos, há muita interação com os felinos que moram no lugar.
Os points dos ocidentais na capital do Japão
Paraíso das compras, tecnologia e muita badalação, Tóquio é um legítimo e majestoso sonho de consumo para turistas à procura de diversão. Neste sentido, os holofotes da cidade vão, sobretudo, para três regiões. A primeira delas é Akihabara, centro comercial bem conhecido por suas lojas de eletrônicos, jogos, mangás e animes (isto é, gibis e animações japonesas), assim como por reunir os chamados cosplayers. Em outras palavras, cosplayers são as pessoas que se fantasiam de personagens, especialmente ficcionais.
Ao mesmo tempo, cabe ressaltar as vizinhas Akasaka e Roppongi, áreas nobres bastante frequentadas por estrangeiros e ideais para curtir uma vida noturna agitada. Outra dica é visitar Odaiba, ilha artificial às margens da Baía de Tóquio, repleta de hotéis, shoppings, restaurantes e espaços de lazer, entretenimento e cultura, a exemplo da Estátua da Liberdade de Odaiba e do Museu Nacional de Ciência e Inovação.
Por outro lado, para os fãs da combinação entre belezas arquitetônicas, história, religião e cultura, um monumento imperdível é o Senso-ji (conhecido também como Asakusa Kannon). Ele é o templo budista mais antigo da cidade, datado de 645. Sendo assim, prepare a câmera, viu?
É bate-volta que chama, né?
E aí, tem fôlego sobrando? Ótimo, porque após o tour por Tóquio, não deixe de incluir no roteiro uma passadinha em outros destinos turísticos que ficam na região metropolitana. O primeiro deles é o Tokyo Disney Resort, na cidade de Urayasu e formado por dois parques temáticos. Anote aí os seus nomes: Tokyo Disneyland, que segue o estilo do Magic Kingdom Park de Orlando, e Tokyo DisneySea, perfeito para crianças e adultos e o único Parque da Disney inspirado no tema “mar e oceano”.
13 destinos para conhecer antes dos 30 anos
Agora, para ficar pertinho da natureza e admirar paisagens deslumbrantes, uma parada quase que obrigatória, a cerca de três horas da capital japonesa, é o Pagode Chūreitō. O point consiste em uma torre de cinco andares e estilo tipicamente oriental com vista para o Monte Fuji, uma das marcas registradas do país.
QUIOTO E HIROSHIMA: SIM OU COM CERTEZA?
E, já que a ideia é cruzar o planeta, por que não aproveitar a viagem por Tóquio e arredores para estender a visita rumo a outros nomes da Terra do Sol Nascente? Duas boas pedidas para contemplar nessa lista são Quioto e Hiroshima.
Começando pela antiga capital do império japonês, em Quioto a proposta é tirar o pé do acelerador e vivenciar algumas das mais autênticas tradições orientais. Isso porque, na cidade onde arranha-céus dão lugar a centenas de templos budistas, os passeios essenciais ficam a cargo justamente de tais construções centenárias. Esse é o caso de Kinkaku-ji (cujo nome oficial é Rokuon-ji), Templo do Pavilhão Dourado revestido de folhas de ouro e cercado por uma coleção de riquezas naturais; Tenryu-ji, o Templo Celestial do Dragão, do século 14 e dono de um jardim japonês de beleza sem igual; e o Sanjūsangen-dō, templo de madeira e abrigo para 1.001 estátuas de Kannon (divindade da religião budista).
E por falar em história…
Saindo de Quioto, outro destino histórico é Hiroshima. Infelizmente, a cidade se tornou conhecida após ser atingida por uma bomba atômica lançada pelos Estados Unidos em 1945 durante a Segunda Guerra Mundial. O evento foi o responsável por destruir a cidade e por causar a morte e a mutilação de milhares de pessoas.
Hoje, por lá, os locais mais visitados pelos turistas incluem o Parque Memorial da Paz, instalado no lugar do antigo bairro comercial, e sua Cúpula da Bomba Atômica, Patrimônio Mundial tombado pela Unesco. É uma das únicas construções que resistiram parcialmente ao ataque norte-americano.
Dali para a Baía de Hiroshima, nossa última parada é na Ilha de Miyajima. O ponto exato? O magnífico Santuário de Itsukushima, reduto sagrado do xintoísmo cujo “Tori” (tradicional portão de tais edificações) fica sobre o mar.
CURIOSIDADES SOBRE O JAPÃO
– O país é dividido em quatro ilhas grandes e mais de 3 mil ilhas menores, banhadas pelo Oceano Pacífico;
– Uso da mão inglesa no trânsito;
– Curvar-se ao cumprimentar alguém;
– Falar baixo;
– Não falar ao celular em trens ou metrôs a fim de não incomodar os demais usuários;
– Tirar os sapatos ao entrar em casas, certos restaurantes, locais públicos e santuários;
– Não fumar ou comer andando pela rua;
– Usar máscaras hospitalares se estiver gripado(a);
– Evitar assoar o nariz em público;
– Usar os paninhos oferecidos em restaurantes para limpar as mãos antes de comer; depois, colocá-los em cima da mesa;
– Pode ser necessário cobrir tatuagens em determinados lugares públicos;
– Está liberado: fazer barulho ao tomar uma sopa ou sugar os noodles.
E AÍ, QUER IR PARA O JAPÃO?
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