Imagine 1,5 mil km² de um branco vibrante, daqueles que pedem para ser contemplados com um bom par de óculos de sol. Em um primeiro momento você pode se sentir meio deslocado(a), como se estivesse em um sonho. Mas não estranhe, porque essa é a reação que quase todo mundo tem ao visitar Salinas Grandes, o terceiro maior deserto de sal do planeta.
Principais dicas sobre a Argentina
Ele fica na Argentina, mais especificamente no norte do país, perto de Purmamarca, na província de Jujuy. Perde em tamanho para o boliviano Salar de Uyuni, é verdade, mas não tem como dizer que não vale a pena conhecê-lo. Ainda mais agora, em um momento em que brazucas estão descobrindo os encantos dessa região dos nossos hermanos.
Como chegar a Salinas Grandes
Responder a essa pergunta é uma delícia! Afinal, se você sair de Purmamarca – um dos melhores locais onde se hospedar em Jujuy, aliás –, vai fazer o trajeto pela Ruta Nacional 52 (ou RN-52). E você nem vai perceber esses 70 km e pouco passarem, já que vai estar ocupado(a) demais lotando o seu celular de fotos.
A sensação que se tem é que, por detrás de cada curva – e são inúmeras! – surge uma nova formação rochosa, que parece ainda maior e mais elegante que a anterior. Alguns trechos da rodovia têm vegetação rasteira, arbustos que parecem ter sido colocados em pontos estratégicos, só pra combinar com os tons de verde, cinza, laranja e marrom das gigantescas montanhas.
Como escolher o carro ideal para uma road trip
À medida que o veículo vai vencendo a estrada sinuosa, a altitude aumenta. Você sabe que atingiu o ápice quando vê um marco com o seguinte número: 4.170 metros. O point se chama Abra de Potrerillos e, como você já pode imaginar, é a parada de todo mundo para fotos. Sendo assim, garanta a sua também!
No meio do caminho…
O percurso até Salinas Grandes pode passar pela comunidade Inti & Killa, na qual vivem apenas cinco famílias. As casinhas rústicas, de adobe, e a pequena capela Nossa Senhora de Misericórdia, de 104 anos, rendem fotos interessantes. É como se este pequeno povoado tivesse este trecho da estrada só pra si, tamanho o silêncio. A baixa circulação de carros também colabora pra isso.
De quebra, o local abriga um mirante, de onde se tem uma vista extraordinária dos arredores tranquilos. Uma caminhada simples conduz até ele, mas vá bem devagar para não sentir o impacto no fôlego devido à altitude, viu? Além disso, se possível use calçados que não escorreguem, uma vez que o chão é coberto de pedrinhas.
De Inti & Killa em diante você já vai ver a paisagem mudar: faixas brancas indicam a proximidade de Salinas Grandes.
O que fazer em Salinas Grandes
Em primeiro lugar, é claro, gastar um bom tempo admirando sua beleza diferenciada. Salinas Grandes é, de fato, um lugar especial. Há até mesmo quem aproveite para experimentar o gosto do sal.
Por conta da falta de elementos na paisagem, o deserto de sal argentino passa uma sensação curiosa, de que somos pequenos demais. É a natureza ostentando o seu poder. Dá pra brincar com essa noção de perspectiva em fotos criativas – e, se você estiver com roupas coloridas, os cliques tendem a ser ainda melhores, então fica aí a dica.
Quatro desertos que vale a pena conhecer
Alguns tours levam os(as) visitantes aos pontos de extração do sal, onde um(a) guia fornece uma explicação detalhada sobre todo o processo. O sal é retirado por meio de piscinas de cristalização, as quais ficam à vista e também casam super bem com fotos. Aliás, dependendo de como você se posicionar para a câmera, vai parecer que você está caminhando sobre essas piscinas. Outra sugestão é aproveitar o espaço em branco (literalmente!) à volta para saltar e fazer poses engraçadas. Use e abuse da criatividade!
Vai um almoço aí?
Até aqui a experiência já está sendo nota mil, não tem nem como duvidar. Ainda mais quando você souber que tem como almoçar no Glamping Pristine, um acampamento de luxo posicionado bem no meio do deserto de sal. As instalações são surpreendentes, um misto de aconchego e rusticidade chique, e ainda assim a gastronomia encontrou espaço para se destacar.
Como o empreendimento recebe no máximo 10 pessoas por vez, não espere um restaurante enorme. Inclusive, seu quê de exclusividade conta muitos pontos a favor. A decoração mescla elementos em madeira com uma vista de tirar o fôlego para a imensidão de Salinas Grandes. Tudo muito charmoso, sim, mas a comida é insuperável, uma qualidade muito comum em todo o norte da Argentina. Quem prova a carne de lhama, aliás, não se arrepende.
Melhor época para ir a Salinas Grandes
Em primeiro lugar, tudo depende da experiência que você procura. No verão (de dezembro a março), o calor é bem forte, podendo superar os 40°C. E não é só isso: essa é uma estação de muita chuva, o que faz com que o imenso deserto ganhe um efeito espelhado devido à água acumulada na superfície.
Cinco passeios gratuitos em Buenos Aires na Argentina
Por outro lado, durante o inverno (de junho a setembro), a chuva diminui bastante. O clima seco traz um cenário totalmente distinto: o espelho já não existe, mas em compensação o branco parece se estender até o infinito – e a temperatura cai consideravelmente. Aliás, de maio a dezembro a chuva não costuma ser uma visitante frequente. Só tente evitar os meses de junho e julho caso não queira lidar com muito frio.
Por falar nisso, é sempre válido ressaltar um ponto importante. Salinas Grandes é um deserto e, portanto, sofre com a chamada amplitude térmica. Ou seja: o sol e o calor podem até dar as caras durante o dia, mas já no entardecer dá pra sentir a diferença na temperatura. Logo, garanta sempre uma roupa quentinha com você pra não ser pego(a) de surpresa.
QUE TAL, GOSTOU?
Agora fala aí: dá vontade de pegar um avião agora mesmo e ir conhecer esse paraíso, não é mesmo? Sendo assim, já procure agora um(a) agente de viagens e tire essa trip do papel!