Que tal viajar pela Estrada Real? As rotas percorridas por tropeiros durante os tempos de Brasil Colônia repletas de beleza e história. Além de muitas paradas para saborear a deliciosa e diversa gastronomia de Minas Gerais e do Rio de Janeiro.
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Ao todo, a Estrada Real, oficializada pela Coroa Portuguesa no século 17, tem 1.630 km, divididos em quatro percursos. Na época da colonização, eles eram utilizados para o transporte de ouro e diamantes entre Minas e os portos do Rio. Hoje, porém, representam a maior rota turística do país.
Para começar, o carro
Principalmente para quem vem de outros estados do Brasil, alugar um carro para explorar a Estrada Real é sempre uma ótima pedida. Ao mesmo tempo, vale ressaltar uma das facilidades oferecidas pelas locadoras: permitem retirar o veículo em um destino e devolvê-lo em outro.
De modo geral, as regras para um alugar um carro no Brasil são: ter no mínimo 21 anos e habilitação permanente há pelo menos dois anos, bem como apresentar RG, CPF e um cartão de crédito no nome do condutor que tenha limite para cobrir a franquia do seguro do automóvel.
Quer uma dica? Pois aí vai: leia com cuidado o contrato para saber se a cobrança é feita por dia ou quilometragem, o tempo de locação, qual o tipo de seguro e se o tanque deve estar cheio no momento da devolução, por exemplo. Da mesma forma, é interessante acompanhar a vistoria do carro e solicitar seu comprovante. Ah, e lembre-se: caso queira dividir o volante com algum(a) amigo(a), é preciso avisar a locadora, OK?
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O CAMINHO VELHO DA ESTRADA REAL
Primeira e maior via da Estrada Real, o Caminho Velho leva de Ouro Preto (MG) a Paraty (RJ). São 710 km, os quais, antigamente, eram cruzados pelos tropeiros em 60 dias a cavalo. Atualmente, atravessar o Caminho Velho de carro leva mais ou menos oito dias.
Destaques
– Obras de Aleijadinho, Congonhas (MG): intituladas Patrimônio da Humanidade pela Unesco, as 78 esculturas barrocas do consagrado artista são exibidas nas dependências do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos.
– Igreja Matriz de Santo Antônio, Tiradentes (MG): erguida em 1710, destaca-se pela quantidade de ouro – afinal, são 400 kg em seu interior. De fora, a charmosa fachada, pensada por Aleijadinho, rende lindas fotos.
– Chico Doceiro, Tiradentes (MG): as formiguinhas de plantão ficarão felizes em saber que essa doçaria serve delícias como canudinhos recheados com doce de leite, cocada e ambrosia. Portanto, nada de fazer dieta por ali, hein?
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– Igreja São Francisco de Assis, São João del-Rei (MG): projetada por Aleijadinho, a icônica igreja, construída em 1774, chama atenção já do lado de fora e sobretudo pela decoração rococó.
– Parque das Águas, Caxambu (MG): repleto de alamedas, o parque tem um ambiente gostoso e tranquilo, ideal para curtir caminhadas. Leva esse nome por conta das 12 fontes de água mineral, gasosa e medicinal espalhadas por sua propriedade.
– Centro Histórico, Paraty (RJ): ruas de pedra e casinhas charmosas compõem o cenário local, dando a impressão de que o visitante voltou no tempo. Lembre-se de levar máquina fotográfica ou celular, pois a paisagem é bastante fotogênica! Além disso, do centro saem passeios de barco para as ilhas e praias do destino.
O CAMINHO NOVO DA ESTRADA REAL
A rota de 515 km pensada como alternativa mais rápida para os tropeiros sai de Ouro Preto (MG) e vai rumo à cidade do Rio de Janeiro (RJ). Sugestão: reservar, em média, seis dias para desfrutar as atrações ao longo do trajeto.
Destaques
– Casa de Tiradentes, Ouro Branco (MG): também conhecida como Fazenda Carreiras, o local recebia muitos tropeiros. Isso porque era ali que eles trocavam seus cavalos a fim de seguir viagem com destino à Corte. A casa ainda serviu como ponto de encontro para os inconfidentes, que se reuniam a fim de conspirar contra o Império.
– Parque Estadual do Ibitipoca, Lima Duarte (MG): parada para os amantes de natureza, o parque abriga trilhas, grutas, cachoeiras, lagos e mirantes.
– Museu Casa Natal de Santos Dumont, Santos Dumont (MG): a casa onde nasceu Santos Dumont atualmente abriga um museu com objetos pessoais, cartas e fotografias, assim como peças originais de alguns aviões. Também chamado de Museu de Cabangu.
– Morro do Imperador, Juiz de Fora (MG): quem gosta de mirantes, paisagens e fotos panorâmicas não só pode como deve fazer uma parada no local. Com 930 metros de altura, está entre os pontos mais altos da cidade. Ou seja: câmera e celular sempre a postos! Curiosidade: você sabia que a visita de D. Pedro II ao morro deu nome à atração?
– Museu Imperial, Petrópolis (RJ): imponente, sua arquitetura figura como uma atração à parte. O local serviu de casa de veraneio para D. Pedro II e hoje compartilha informações e histórias sobre o Brasil Império e a família reinante.
– Palácio de Cristal, Petrópolis (RJ): encomendado pelo Conde d’Eu, foi inspirado nos Palácios de Cristal de Londres e da cidade do Porto. Visitantes podem conferir as exposições e eventos que ocorrem ali.
O CAMINHO DOS DIAMANTES DA ESTRADA REAL
Em quatro dias, o viajante consegue percorrer os 395 km entre Diamantina (MG) e Ouro Preto (MG).
Destaques
– Casa da Chica da Silva, Diamantina (MG): casa onde viveu a escrava alforriada Chica da Silva. Hoje, no entanto, é a sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
– Mercado Velho, Diamantina (MG): erguido em 1835, funcionava como rancho de tropas. Atualmente, abriga um espaço cultural e de lazer, que sedia feiras de artesanato, produtos alimentícios e shows musicais, por exemplo.
– Parque Nacional da Serra do Cipó, Serra do Cipó (MG): parada para quem aprecia passar um tempo em meio à natureza. Trilhas, riachos e cachoeiras ficam na área do parque, então essa pode ser uma ótima alternativa para recarregar as energias.
Tipos de turismo de natureza; entenda a diferença
– Sítio Arqueológico Pedra Pintada, Cocais (MG): as pinturas rupestres encontradas na região datam de aproximadamente 6 mil anos e compõem cenas como caçadores perseguindo suas caças. Em outras palavras, promove uma genuína viagem no tempo.
– Mina do Chico Rei, Ouro Preto (MG): mina de onde era escavado ouro e retirada argila, continha objetos utilizados para castigar os escravos. Ao visitá-la, a controversa história – isso porque alguns contestam sua veracidade – de Chico Rei é compartilhada. Ele teria sido um escravo que, ao esconder ouro nos cabelos, conseguiu juntar dinheiro para comprar sua liberdade.
O CAMINHO DE SABARABUÇU DA ESTRADA REAL
Totalizando 160 km, este é o que tem o menor percurso da Estrada Real. Ele começa no Caminho dos Diamantes, em Cocais (MG), e tem ponto de chegada em Caminho Velho, no distrito de Glaura (MG).
Destaques
– Serra da Piedade, Caeté (MG): é considerada como um dos picos mais elevados da cordilheira do Espinhaço. Além disso, uma estrada estreita e repleta de curvas leva ao topo, onde fica o Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade.
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– Pastel de Angu, Itabirito (MG): ao passar pela cidade, faça, acima de tudo, uma parada para provar a popular iguaria local.
E você, já teve a chance de percorrer a Estrada Real? Então conta pra gente nos comentários como foi, pois seu depoimento pode esclarecer as dúvidas de outras pessoas.