Há quem procure Veneza pelo acervo majestoso de obras de arte, pelos mistérios escondidos nas suas intrincadas vielas ou pelo pôr do sol. Inclusive, este último ganha um significado ainda mais especial se contemplado de dentro das tradicionais gôndolas, passeio preferido de casais de namorados(as) e recém-casados(as).
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Entretanto, o motivo não importa tanto assim; a Sereníssima, como é chamada, merece ser conhecida e ponto final. Terra do compositor Antonio Vivaldi, a cidade italiana é uma das mais icônicas da Europa. Toda a sua elegância é distribuída ao longo de 118 ilhotas, interligadas por 177 canais e com um total de 409 pontes.
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A verdade é que há muito o que dizer sobre a região. Por isso mesmo, a gente reuniu aqui tudo sobre Veneza que você precisa saber. Dessa forma você também pode cair de amores pela cidade que entrelaça a sua história a grandes mestres do mundo da arte e que é romântica por natureza. Vem ver!
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Antes de mais nada, vale destacar que, em um primeiro momento, Veneza pode parecer um labirinto (e realmente é!). Porém, é papel de todo(a) visitante se perder, a pé, neste complexo urbano aparentemente indecifrável. Afinal, essa é a única maneira de conhecer a sua verdadeira essência.
Localização estratégica
A localização estratégica no Mar Adriático, em uma lagoa que leva o mesmo nome da cidade, fez de Veneza uma região poderosa. Isso porque ela já concentrava grande parte do comércio entre o Oriente e o Ocidente antes mesmo de Vasco da Gama chegar à Índia e Cristóvão Colombo à América, nos tempos de 1490. Este momento de ascensão alavancou um desenvolvimento cultural e arquitetônico sem precedentes e que, séculos depois, ainda seria motivo de admiração em todo o mundo.
Tudo começa no Grande Canal
O Grande Canal é a maior via aquática de Veneza. Logo, é impossível visitar a região sem navegar pelas suas águas, seja em um Vaporetto (embarcação que se assemelha a um ônibus-barco) ou em táxis privados. Durante muitos anos a Ponte di Rialto foi a única maneira de atravessar o canal, conectando os bairros de San Marco a San Paolo e Santa Croce.
Com o passar do tempo, contudo, ela se transformou em um pequeno centro de compras, com lojinhas de ambos os lados, e em um valioso atrativo turístico, principalmente ao entardecer, quando testemunha, de uma posição pra lá de privilegiada, o momento exato em que o sol se esconde no horizonte.
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Debruçada sobre o Grande Canal está também a Ponte dell’Accademia, passarela que leva à Gallerie dell’Accademia. Guarde bem este nome, pois trata-se de um berço de obras de arte dos séculos 14 ao 18 que mantém vivas as lembranças do Renascimento, representadas pelo trabalho de artistas imortais como Ticiano, Tintoretto e Veronese. Do alto de sua charmosa estrutura arqueada dá pra ver a cúpula da basílica Santa Maria della Salute, erguida em 1630 em homenagem à Virgem Maria, e o Palazzo Veier dei Leoni, edificação do século 18 que guarda a Coleção Peggy Guggenheim, riquíssimo acervo de arte moderna.
Um cartão-postal chamado Piazza San Marco
Uma das joias de Veneza, a Piazza San Marco faz jus à sua fama e ao gigantesco volume de turistas que circulam por ali todos os dias. Não à toa, é um dos lugares mais movimentados da sempre lotada cidade. Circula pela região o boato de que, um dia, Napoleão Bonaparte referiu-se à praça como “a sala de estar mais elegante da Europa”. Verdade ou não, o fato é que ninguém resiste aos seus encantos.
É nesta praça onde fica a fantástica Basilica di San Marco, um point e tanto do destino: as cinco cúpulas combinam graciosamente os estilos bizantino, românico e renascentista, e o seu interior é coberto por mosaicos dourados. Na parte superior, do lado de fora, quatro cavalos – réplicas dos famosos Cavalos de São Marcos, do escultor grego Lísipo – enfeitam a basílica, enquanto os originais ficam do lado de dentro, protegidos do sol e da poluição.
Ao lado da basílica, a imponente Campanille di San Marco (conhecida como Campanário) ocupa lugar de destaque. Do alto dos seus quase 99 metros, oferece o ângulo perfeito para quem está a fim de fotografar a cidade de cima e vê-la preencher o horizonte com a sua aura histórica e misteriosa.
Ao mesmo tempo, a praça é a casa da Torre dell’Orologio (Torre do Relógio). Há mais de 500 anos ela marca as horas, o dia, as fases da lua, os signos do zodíaco e os cinco planetas que até então eram conhecidos na época de sua construção: Júpiter, Marte, Mercúrio, Saturno e Vênus. No topo, duas estátuas em bronze representam a passagem do tempo e tocam o sino para indicar as horas. Bem abaixo delas, um leão alado observa a cidade. Sabe por quê? Este é um símbolo do evangelista São Marcos, o padroeiro de Veneza.
Palazzo Ducale: poder em forma de arte
Nenhum viajante pode ir embora sem conhecer o Palazzo Ducale (ou Palácio dos Doges), outra superatração do destino que fica na praça. O lugar serviu de morada para os doges, antigas autoridades máximas de Veneza, e remonta ao século 9, apesar de ter sido demolido e reconstruído em 1309. O edifício atual foi finalizado em 1424.
Elegante já do lado de fora, ostenta delicadas colunas e uma fachada repleta de mosaicos em rosa e branco, que parecem mudar de cor ao refletirem a luz do sol. Cada uma das áreas do palácio tem a sua importância histórica. Sendo assim, vale passear por ali sem pressa, saboreando o significado de todos os aposentos.
A Sala del Maggior Consiglio, onde antes eram eleitos os doges e realizadas as reuniões de Estado, destaca-se não apenas pelo tamanho excepcional, que a posiciona como uma das maiores da Europa, mas, também, pela decoração exuberante. Apenas para se ter uma ideia, uma das paredes serviu de tela para Tintoretto criar Il Paradiso, uma das maiores obras de arte do mundo. No teto, retratos dos doges que governaram Veneza dão um ar solene ao salão, uma lembrança silenciosa de que o poder da cidade ficava concentrado ali.
Curiosidade: a Ponte dos Suspiros liga o Palazzo Ducale à Prigione Nuove, a antiga prisão da cidade. Muitas pessoas atribuem o seu nome a uma lenda romântica. Entretanto, a verdade é bem diferente: ao fazerem esse trajeto até os calabouços, os(as) prisioneiros(as) conseguiam observar a liberdade pela última vez por meio das pequenas frestas da ponte e suspiravam de tristeza rumo ao seu destino sombrio.
Uma volta por Burano, Murano e San Giorgio Maggiore
Antes de qualquer coisa, San Giorgio Maggiore é o nome de uma das muitas ilhas de Veneza. Por estar a curta distância de barco, a dica é reservar um tempinho para conferir de perto toda a sua beleza. Seu principal atrativo turístico é a igreja homônima, exatamente na ponta oposta à Piazza San Marco, do outro lado da baía.
Obra-prima do arquiteto Andrea Palladio, que conseguiu traduzir a essência renascentista em cada detalhe de sua fachada e do belíssimo interior, reúne pinturas assinadas por renomados artistas italianos. Além disso, conta com um elevador até a torre, ponto em que se tem acesso a uma deslumbrante vista panorâmica da cidade. Ah, e quem quiser pode acompanhar gratuitamente a missa celebrada aos domingos, viu?
Outros xodós dos(as) visitantes são as ilhas Burano e Murano, uma vez que também podem ser visitadas em um único dia. Burano, simples e aconchegante, é conhecida pelas casinhas coloridas e pelo talento nato das rendeiras. De tão caprichosas, por muito tempo suas rendas estiveram entre as mais procuradas do continente europeu. Uma das marcas registradas da cidade é o campanário de San Martino. Afinal, por estar ligeiramente inclinado para o lado, lembra em muito a Torre de Piza, um dos símbolos da Itália.
Murano, por outro lado, encontrou na produção do vidro um diferencial e tanto. Tudo começou em 1291, quando cada uma das fábricas de vidro deixou Veneza devido ao risco de incêndio, já que praticamente toda a cidade fora construída em madeira, e instalou-se na região.
O célebre Carnaval e o desfile de máscaras
Embora Veneza tenha vocação para o amor e para as artes, demonstra, também, um talento inegável para o Carnaval. Registros históricos comprovam que desde o século 13 as pessoas gostavam de sair às ruas usando máscaras e fantasias extravagantes. Este hábito permitia que a nobreza se misturasse à população sem ser reconhecida.
Durante muito tempo a festa foi proibida, mesmo porque o uso frequente de máscaras possibilitava que os(as) venezianos(as) vivessem no anonimato e se sentissem livres para burlar as regras da sociedade. Contudo, de uns anos para cá, a celebração ganhou força e voltou a integrar o calendário europeu, transformando o destino em um divertido e enigmático conto de fadas, visto que a maioria dos(as) participantes se veste como os nobres dos séculos 17 e 18.
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A festa tem duração média de dez dias e, assim como no Brasil, é realizada sempre no primeiro trimestre do ano. Apesar das baixas temperaturas, visitar Veneza nessa época do ano é garantia de boas recordações. Inclusive, quem está fantasiado(a) costuma se exibir para os(as) turistas tirarem fotos. O(a) viajante que quiser entrar na brincadeira será mais que bem-vindo(a): quase todas as lojinhas vendem adereços carnavalescos, dos mais discretos aos coloridos, que são a cara da cidade. Além dos desfiles pelas ruas, alguns hotéis promovem bailes de máscaras, com entrada paga.
Do Caffé Florian ao Jazz
Acredite se quiser: uma viagem a Veneza pode ser ainda melhor se incorporar alguns refúgios genuinamente italianos ao roteiro. Quer um exemplo? Então anote aí: o charmoso Caffè Florian, em plena Piazza San Marco. O local já teve entre os seus clientes personalidades como Goethe, Benjamin Constant, Charles Dickens, Alexandre Dumas e Ernest Hemingway, por exemplo. Em operação desde 1720, almoçar ou tomar um café por ali, ao som suave de uma miniorquestra, é uma experiência única.
À noite, caminhar por Veneza é uma aventura. Ao mesmo tempo em que é mais tranquila e silenciosa – fora extremamente segura, aliás –, é mais fácil de se perder em meio a sua infinidade de becos e ruelas. Inclusive, eles podem se tornar ainda mais confusos sob a luz fraca da lua. Mas, com uma boa câmera fotográfica em mãos se conseguem fotos espetaculares da cidade, que não perde o seu brilho nem mesmo depois que o sol se esconde.
Que tal terminar o dia em um dos tradicionais botequins (também chamados de “bácaro”) enquanto se delicia com o spritz, hein? Esta é uma bebida com baixo teor alcoólico muito apreciada pelos(as) nativos(as). A estada em terras italianas pode ser ainda mais divertida se incluir os pubs, bares e as animadas baladas – sim, o destino que transborda história também faz bonito quando o assunto é vida noturna.
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Você sabia?
Sobretudo entre novembro e dezembro, Veneza lida com um fenômeno interessante, conhecido como acqua alta. Ele faz com que a maré do Mar Adriático suba e alague por algumas horas (de três a quatro) os pontos mais baixos da cidade. Sendo assim, um dos locais mais atingidos é a Piazza San Marco. Mas não se preocupe: passarelas inteiras são montadas em questão de minutos para garantir a circulação de turistas mesmo nas áreas mais propensas às inundações – e a maioria dos hotéis empresta galochas para os(as) hóspedes.
TUDO SOBRE VENEZA EM DICAS ESSENCIAIS
O que levar
Em termos gerais, a preferência é por roupas informais e confortáveis, tendo em vista que Veneza é um destino para se conhecer a pé. Fique de olho na época do ano: o verão (junho a agosto) pode ser bem quente, então chapéus ou bonés, óculos de sol e protetores solar e labial não podem ficar de fora da mala. Já no inverno (ou seja, de dezembro a fevereiro) é comum ter de lidar com geadas, nevoeiros e temperaturas abaixo de zero. Logo, luvas, cachecóis, botas e casacos pesados são imprescindíveis. No restante do ano as temperaturas são mais brandas, com máxima de 23°C.
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Como chegar
Air France, ITA Airways, British Airways, Iberia, Lufthansa e TAP Air Portugal operam voos para o Aeroporto Marco Polo Tessera, em Veneza. Todos eles fazem conexão em alguma cidade, como por exemplo, Paris, Roma, Londres, Madri, Frankfurt, Zurique e Lisboa. As parcerias entre essas companhias aéreas com a GOL Linhas Aéreas e LATAM Airlines garantem voos regulares com destino a Veneza de quase todas as cidades do Brasil.
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Gastronomia
Comer bem é uma premissa que acompanha praticamente todas as pessoas que vão à Itália. Peixes e frutos do mar compõem a maioria do cardápio – afinal, o que esperar de uma região cercada por água? Mas as tradicionais massas italianas, como o macarrão e a pizza, podem ser encontrados com facilidade e a preços variados. Assim, tá liberado escorregar da dieta um pouco, combinado?
Fuso horário
A diferença é de +4h. Todavia, isso muda quando Brasil e Itália entram no horário de verão. O veneziano começa por volta de março (período em que a diferença passa a ser de +5h) e termina em outubro. Neste mesmo mês, porém, os relógios costumam ser adiantados em uma hora por aqui. Dessa forma, nessa época do ano, o fuso é de +3h.
Quando ir
Veneza é lotada o ano todo, mas a temperatura costuma ser mais agradável entre março e maio (primavera) e de setembro a novembro (outono). Caso a ideia seja fugir da acqua alta (maré cheia), a dica é evitar os meses de novembro e dezembro, nos quais este fenômeno é mais frequente. O Carnaval é celebrado no primeiro trimestre do ano, durante o inverno, quando o destino recebe ainda mais visitantes e apresenta temperaturas negativas.
Agora que você ficou por dentro de tudo sobre Veneza, bateu a vontade forte de viajar, né? Então pare de passar vontade e entre logo em contato com um(a) agente de viagens para realizar essa viagem dos sonhos. Ah, depois não se esqueça de contar tudo pra gente, já que a sua dúvida pode ajudar outras pessoas também!