Comer bem é um pré-requisito para uma viagem, vamos combinar?
E pelo Brasil há vários destinos que realmente se destacam nesse sentido, perfeitos para você mergulhar em uma cultura gastronômica específica (ou várias delas) e experimentar ingredientes típicos de cada região.
Para quem adora um turismo gastronômico, listamos aqui seis lugares que oferecem oportunidades de refeições inesquecíveis.
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São Paulo (SP)
Estima-se que a capital paulista tenha por volta de 50 mil restaurantes e bares. Com esse número pode-se esperar muita variedade (e qualidade): São Paulo tem restaurantes belga, colombiano, vietnamita, armênio, congolês, coreano, escandinavo, entre outros, além de comida de todas as partes do Brasil e templos gastronômicos dos chefs mais badalados do país. A cidade também tem pratos/iguarias clássicas: servido às segundas-feiras nos restaurantes mais tradicionais, o virado à paulista, por exemplo, leva bisteca, linguiça, ovo frito, tutu de feijão e couve. Mas nada supera a pizza – seja de massa grossa, média ou fina, o paulistano é apaixonado pelo disco de massa recheado. Os restaurantes estão distribuídos por toda a cidade, há um núcleo consistente de casas no eixo Jardins-Itaim Bibi-Pinheiros-Vila Madalena, além dos bairros da Liberdade (restaurantes asiáticos) e o Bixiga (cantinas italianas).
Belém (PA)
Seu dicionário de gastronomia aumentará consideravelmente após uma viagem à capital paraense: tucupi, jambu, tacacá, maniçoba, bacuri, pirarucu e filhote são alguns dos termos adquiridos pelas ruas de Belém. Os ingredientes usados pelos indígenas da Floresta Amazônica se fundiram com técnicas portuguesas, resultando numa culinária muito singular e aromática. O tucupi é o mais famoso ingrediente paraense, um líquido amarelo extraído da raiz da mandioca-brava, presente em receitas como o pato no tucupi e o tacacá, um caldo servido com goma de mandioca, jambu (uma erva que causa leve dormência na boca), camarão-seco e pimenta-de-cheiro. O tacacá é servido em barracas espalhadas pela cidade. Já as demais receitas típicas podem ser apreciadas nos restaurantes, como a Casa do Saulo, na Cidade Velha, e o Remanso do Peixe, no bairro Marco, além da Estação das Docas, o antigo porto local. A visita fica ainda mais completa com uma visita ao incrível Mercado Ver-o-Peso, com centenas de barracas exibindo as cores, texturas e aromas dos ingredientes amazônicos.
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Petrópolis (RJ)
Uma de suas características dessa região pertinho do rio é o bem receber, incluindo aí o dormir e comer. Os restaurantes estão distribuídos pela área central e nos distritos, com maior concentração em Itaipava e Araras, destinos praticamente independentes de Petrópolis. Muitos estabelecimentos hoteleiros contam com ótimos restaurantes, casos do Locanda della Mimosa, da Pousada do Alcobaça e do Solar do Império (restaurante Imperatriz Leopoldina). A alta gastronomia europeia encontra representantes português (Parrô do Valentim, em Itaipava), francês (Chateaux Bistrot, em Itaipava) e italiana (Locanda Centro Histórico, no Centro). Há espaço também para a Casa do Alemão e a Pavelka, que competem para ver quem serve o melhor croquete de carne da cidade. Isso além da rota das cervejarias, das grandes às artesanais.
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Serra Gaúcha (RS)
É tarefa quase impossível regressar de uma viagem à Serra Gaúcha sem uns quilinhos a mais. Nessa região colonizada por italianos, alemães e suíços, prepare-se para uma viagem repleta de galetos, polentas, massas, fondues, strudels, cucas, grostolis (cueca virada), eisbens, chucrutes, chocolates e sagus. Muita coisa pode ser experimentada em uma única refeição: um banquete chamado de café colonial, em que mais de 40 iguarias salgadas e doces chegam à mesa. A grosso modo, Gramado, Canela e Nova Petrópolis representam o lado alemão da Serra, onde as fondues e os cafés coloniais fazem a alegria dos visitantes. Do outro lado, galetos e polentas são as especialidades das italianas Caxias do Sul, Bento Gonçalves e Garibaldi. Todas essas gostosuras podem ser acompanhadas por um belo vinho da região.
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Turismo gastronômico em Salvador (BA)
A fusão das culinárias africana, portuguesa e indígena gerou receitas coloridas e aromáticas que são a base da gastronomia baiana. O azeite de dendê e a pimenta malagueta são as estrelas das receitas do estado. Tombado como Patrimônio Artístico Cultural, o acarajé pode ser devorado nas praças das cidades. Trata-se de um bolinho de feijão fradinho frito no azeite de dendê e recheado com camarão seco e vatapá. A moqueca, o caruru, o vatapá e o bobó de camarão são outros pratos típicos. Salvador é a melhor cidade para provar não só essas receitas, como a gastronomia de diversas especialidades. Os restaurantes estão distribuídos por toda a cidade, mas há três núcleos mais fortes: o central e turístico Pelourinho, a agitada Barra e o boêmio Rio Vermelho, onde fica o restaurante Casa de Tereza, que prepara receitas baianas com toques contemporâneos. Em menor número de casas, o bairro de Santo Antônio Além do Carmo atrai pessoas que desejam comer com a vista panorâmica da Baía de Todos os Santos – o Antique Bistrô pertence a esse seleto time.
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Tiradentes (MG)
A culinária caipira é encontrada em casas não só de Minas, mas em várias partes do interior do Brasil. Porém, em Tiradentes, essa rica cultura encontra grandes representantes que trabalham com maestria no preparo de lombos, leitões à pururuca, tutus, feijões-tropeiros e afins. Colabora muito o fato de muitos restaurantes possuírem, nos fundos do terreno, uma horta que garante verduras, legumes, tubérculos e ervas fresquinhos. Pertencem a esse time o Viradas do Largo, o Estalagem do Sabor e o Pau de Angu, que fica no distrito de Bichinho. A charmosa cidade histórica mineira sedia, há 27 anos, um dos mais antigos festivais gastronômicos do país. Os casarões das ruas de pedra abrigam uma dezena de restaurantes, como o Tragaluz, que prepara receitas mineiras mais contemporâneas, o Atrás da Matriz, um curioso restaurante especializado em bacalhau e pizza e o Uaithai, que como o nome sugere, faz um mix das culinárias mineira e tailandesa.